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Medina volta a vestir a lycra amarela no CT da França

O bicampeão mundial Gabriel Medina e Filipe Toledo chegam na “perna europeia” do World Surf League Championship Tour na frente da corrida pelo título mundial na reta final da temporada

Medina vem tentar bicampeonato em etapa francesa. Crédito: (Poullenot / WSL via Getty Images

Começa nesta quarta-feira o prazo da primeira das duas etapas seguidas da “perna europeia” do World Surf League Championship Tour na França e Portugal, últimas paradas antes do encerramento da temporada no Havaí. O Quiksilver Pro France vai até o dia 13 em Hossegor e de 16 a 28 de outubro tem o MEO Rip Curl Pro Portugal em Peniche. O bicampeão mundial Gabriel Medina e Filipe Toledo, abriram vantagem na dianteira da corrida pelo título de 2019 e apenas dois surfistas vão brigar pela liderança com eles na França, o sul-africano Jordy Smith e o americano Kolohe Andino. Os onze titulares da “seleção brasileira” já estão escalados e a primeira chamada será as 8h00 da quarta-feira em Hossegor, 4h00 da madrugada no Brasil.

Medina volta a vestir a lycra amarela do Jeep Leaderboard que só usou na primeira etapa do ano, quando a passou para o potiguar Italo Ferreira, campeão na Gold Coast, Austrália. Assim como nos temidos tubos de Teahupoo, no Taiti, Gabriel tem um ótimo retrospecto em um dos beach breaks mais poderosos do mundo. Foi na França que ele surgiu numa competição Grommets realizada junto com o Quiksilver Pro France, chamando a atenção de Kelly Slater, impressionado com os aéreos dele que ganharam várias notas 10 na bateria final.

Naquele mesmo ano de 2009, o novo fenômeno do surfe mundial se tornou o mais jovem da história do WSL Qualifying Series a vencer uma etapa, com apenas 15 anos de idade, batendo o ídolo da época, Neco Padaratz, na casa dele na Praia Mole de Florianópolis (SC). Com 17, Medina entrou na elite mundial no meio da temporada 2011 e já conquistou sua primeira vitória em seu segundo evento competindo contra os melhores surfistas do mundo. Foi lá mesmo em Hossegor, derrotando o australiano Julian Wilson na final.

Filipe Toledo segue na disputa do título. Crédito: (Poullenot / WSL via Getty Images

Depois, ele decidiu o título do Quiksilver Pro France mais quatro vezes, quase ano sim, ano não. Em 2013, perdeu para Mick Fanning, mas em 2015 iniciou uma série de três finais seguidas. Ela começa com Medina sendo bicampeão contra outro australiano, Bede Durbidge. Em 2016, era o favorito contra Keanu Asing, só que o havaiano conseguiu sua única vitória no CT, mas em 2017 festejou o tricampeonato contra outro havaiano, Sebastian Zietz. No ano passado, Julian Wilson vingou aquela derrota de 2011, barrando o fenômeno nas semifinais. E nos outros dois anos, 2012 e 2014, ficou em quinto lugar nas quartas de final.

Filipe Toledo entrou no CT dois anos depois do bicampeão mundial e seu melhor resultado em Hossegor foi logo em sua primeira temporada na elite em 2013, quando ficou em terceiro lugar, caindo nas semifinais para o próprio Medina. Em 2014, perdeu outro duelo brasileiro para o potiguar Jadson André e terminou em nono lugar. Depois, não passou nenhuma bateria em 2015, em 2016 ficou em quinto nas quartas de final, em 2017 terminou em último de novo e em 2018 só venceu uma bateria, acabando em 17.o lugar.

BRIGA PELA LIDERANÇA – Entre os quatro concorrentes pela ponta do ranking no Quiksilver Pro France, o primeiro a competir será o californiano Kolohe Andino, que ocupa a quarta posição e já necessita da vitória em Hossegor para ultrapassar a pontuação de Medina. Ele está na terceira bateria com o catarinense Yago Dora e o italiano Leonardo Fioravanti voltando de contusão. O sul-africano Jordy Smith, terceiro do ranking, entra na seguinte com o havaiano Jordy Smith e um dos franceses convidados para esta etapa, Jorgann Couzinet. Para superar Medina, Jordy precisa no mínimo de um quinto lugar, ou seja, chegar nas quartas de final.

Já a disputa entre o líder e Filipe Toledo é fase a fase, então ficará na frente quem obtiver o melhor resultado na França. Com o bicampeonato no Freshwater Pro na piscina do Surf Ranch, Medina atingiu 44.695 pontos no ranking, contra 44.400 do Filipe, vice-campeão na Califórnia igualmente pelo segundo ano consecutivo. Filipe estreia na quinta bateria contra dois franceses, Joan Duru e Marc Lacomare. Já Medina volta a competir com a lycra amarela do Jeep Leaderboard no confronto seguinte, contra o cearense Michael Rodrigues e outro convidado da França, o jovem Marco Mignot.

MINEIRINHO FORA – A “seleção brasileira” não terá mais o seu capitão nesta temporada. O campeão mundial Adriano de Souza voltou a sentir a contusão no joelho sofrida no ano passado e já anunciou em suas redes sociais, que só voltará a competir em 2020. Com isso, o também paulista Caio Ibelli, vai substituir Mineirinho no time verde-amarelo nestas três últimas etapas do ano. Caio será o primeiro brasileiro a competir no Quiksilver Pro France, junto com o potiguar Italo Ferreira na segunda bateria, completada pelo português Frederico Morais.

Depois, vem as quatro baterias dos surfistas que vão brigar pela liderança do ranking em Hossegor, já descritas acima. Após a participação dupla de Medina e Michael na sexta, o catarinense Willian Cardoso entra na sétima com o australiano Owen Wright e o neozelandês Ricardo Christie. O potiguar Jadson André está na oitava com dois australianos, Adrian Buchan e o defensor do título do Quiksilver Pro France, Julian Wilson. O paulista Jessé Mendes entra na nona com os americanos Kelly Slater e Conner Coffin, antes do paulista Deivid Silva e o paranaense Peterson Crisanto fecharem a participação brasileira na 11.a e penúltima, contra o vice-campeão na final australiana de 2018, Ryan Callinan.

Nesta rodada inicial, os dois primeiros colocados de cada confronto, avançam direto para a terceira fase, enquanto os últimos terão outra chance de classificação também em baterias com três competidores na segunda fase. É assim também na categoria feminina, com a diferença de que, as meninas que passarem pela primeira fase, já estarão nas oitavas de final. Assim como no masculino, apenas as quatro primeiras colocadas no ranking vão brigar pela liderança na França.

PRIMEIRA FASE DO QUIKSILVER PRO FRANCE:

——–1.o e 2.o=Terceira Fase e 3.o=Segunda Fase

1.a: Kanoa Igarashi (JPN), Griffin Colapinto (EUA), Soli Bailey (AUS)

2.a: Italo Ferreira (BRA)Caio Ibelli (BRA), Frederico Morais (PRT)

3.a: Kolohe Andino (EUA), Yago Dora (BRA), Leonardo Fioravanti (ITA)

4.a: Jordy Smith (AFR), Sebastian Zietz (HAV), Jorgann Couzinet (FRA)

5.a: Filipe Toledo (BRA), Joan Duru (FRA), Marc Lacomare (FRA)

6.a: Gabriel Medina (BRA)Michael Rodrigues (BRA), Marco Mignot (FRA)

7.a: Owen Wright (AUS), Willian Cardoso (BRA), Ricardo Christie (NZL)

8.a: Julian Wilson (AUS), Adrian Buchan (AUS), Jadson André (BRA)

9.a: Kelly Slater (EUA), Conner Coffin (EUA), Jessé Mendes (BRA)

10: Seth Moniz (HAV), Wade Carmichael (AUS), Ezekiel Lau (HAV)

11: Ryan Callinan (AUS), Deivid Silva (BRA)Peterson Crisanto (BRA)

12: Michel Bourez (TAH), Jeremy Flores (FRA), Jack Freestone (AUS)

dungo

Jornalista, corredor e admirador da cidade maravilhosa

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