A carioca Chloé Calmon e a havaiana Honolua Blomfield travaram mais uma batalha particular na disputa pelo título mundial de Longboard da World Surf League. Nessa terça-feira em Nova Iorque, elas disputaram a terceira final nas três etapas deste ano e a brasileira tinha derrotado a havaiana na Austrália e na Espanha. Honolua conseguiu acabar com a invencibilidade de Chloé no Longboard Classic New York, mas a medalha de ouro no Pan-Americano de Lima no Peru, segue na frente na busca por um inédito título mundial feminino do Brasil no Longboard. Na outra final da terça-feira nos Estados Unidos, também deu Havaí, com Kaniela Stewart impedindo a primeira vitória do paulista Jefson Silva no World Surf League Longboard Tour.
“O objetivo ainda não foi alcançado, mas estou feliz com o segundo lugar”, escreveu Jefson Silva, em uma das suas redes sociais. “Eu fui me adaptando com as condições do mar ao longo do evento, construindo meus resultados para chegar até a final do evento e muito obrigado a todos que estavam na torcida por mim, a todos os meus amigos que sempre me apoiaram e aos meus patrocinadores. Este segundo lugar aqui eu dedico ao meu filho (Caetano), a pessoa que mais amo nessa vida. Agora é voltar novamente aos treinos e focar nos próximos eventos, porque ainda tem muita coisa para acontecer esse ano”.
Com o vice-campeonato no Longboard Classic New York, Jefson Silva subiu da 12.a para a quarta posição no ranking da World Surf League. O vencedor das duas primeiras etapas, Justin Quintal, dos Estados Unidos, segue na frente com 12.000 pontos e o jovem Kaniela Stewart, de apenas 18 anos de idade, é o segundo colocado com 8.650. O sul-africano Steven Sawyer é o terceiro com 8.050, seguido por Jefson Silva com 7.150, empatado com o havaiano Kai Sallas, sua primeira vítima na terça-feira decisiva da etapa norte-americana em Nova Iorque.
Nas baterias que decidiram os títulos do Longboard Classic New York em Long Beach, as ondas já não estavam tão boas como pela manhã e o havaiano Kaniela Stewart pegou as melhores para somar notas 7,57 e 6,77 no placar de 14,34 a 10,33 pontos. Jefson Silva só conseguiu notas 5,40 e 4,93 nas dez ondas que pegou, porém o segundo lugar foi o seu melhor resultado no Circuito Mundial de Longboard da World Surf League.
“É incrível ganhar o meu primeiro evento e nem consigo acreditar que isso está acontecendo”, disse Kaniela Stewart. “Estou muito feliz porque o Jefson (Silva) é um surfista negro como eu, mas a bateria final foi bem difícil de encontrar duas ondas boas. Eu acreditei até o fim e consegui. Foi incrível enfrentar caras como o Cole (Robbins) hoje, quando consegui aquela nota 9,00 na bateria. Depois, teve o Steven (Sawyer) e pensei, oh, este é campeão do mundo, tem muito mais experiência do que eu, então ganhar dele na semifinais foi realmente fantástico”.
Jefson Silva não conseguiu sua primeira vitória como desejava, mas começou bem no último dia da etapa norte-americana em Nova Iorque, vingando a derrota sofrida para outro havaiano, Kai Sallas, na semana anterior em Pantin, na Espanha, também nas quartas de final. No confronto seguinte, caiu o outro único brasileiro que chegou na terça-feira, o saquaremense Rodrigo Sphaier. Ele foi eliminado pelo norte-americano Tony Silvagni, que depois acabou derrotado por Jefson Silva na disputa pela última vaga na final.
SUL-AMERICANOS – Rodrigo Sphaier terminou em quinto lugar no Longboard Classic New York e o bicampeão mundial Phil Rajzman ficou em nono, por ter perdido nas oitavas de final para o mesmo havaiano Kai Sallas, primeiro adversário de Jefson Silva na terça-feira decisiva do penúltimo desafio antes da etapa que vai definir os campeões mundiais da temporada 2019, na primeira semana de dezembro na Ilha Taiwan.
Os brasileiros Eduardo Bagé, Wenderson Biludo, Carlos Bahia, Gabriel Nascimento, os uruguaios Julian Schweizer e Ignacio Pignataro e o peruano Lucas Garrido Lecca, também competiram nos Estados Unidos, mas perderam antes das oitavas de final, quando os confrontos passam a ser disputados no sistema homem a homem. Jefson Silva é o sul-americano mais bem colocado no ranking, em quarto lugar. O próximo é Rodrigo Sphaier, que divide a 11.a posição com o americano Cole Robbins e o inglês Ben Skinner.
BRASIL NA FRENTE – Na categoria feminina, o Brasil continua na frente com Chloé Calmon. A carioca está na melhor fase da sua carreira, foi finalista nos nove campeonatos que disputou esse ano e estava invicta no World Surf League Longboard Championship Tour 2019. Nos Estados Unidos, ninguém conseguiu impedir que ela e Honolua Blomfield chegassem na final pela terceira vez esse ano. O ranking que vai definir a campeã mundial, computa os dois melhores resultados nestas três etapas de 6.000 pontos e o do Taiwan Open World Longboard Champs, único valendo 10.000 pontos, nos dias 1 a 7 de dezembro na Ilha Taiwan.
“Eu atingi meu objetivo que era fazer outra final aqui e enfrentar a Honolua (Blomfield) é sempre uma grande batalha”, disse Chloé Calmon. “Estamos tendo um bom ano e ela sempre me empurra para eu fazer o meu melhor surfe. Ela é uma das melhores do mundo e me ganhou agora, então já estou ansiosa para a grande final em Taiwan. É uma sensação diferente dos outros anos, pois agora temos quatro etapas em vez de uma ou duas por ano, o que é ótimo para nossa modalidade. Nunca tivemos isso antes e é muito bom, porque diminui a pressão um pouco de ter que conseguir tudo em um só evento. Estou vivendo um grande ano e ser vice-campeã aqui não é um resultado ruim, então não vejo a hora de competir em Taiwan”.
A havaiana conseguiu a primeira vitória sobre a brasileira no Longboard Classic New York, mas Chloé Calmon segue na frente na briga pelo título mundial com 12.000 pontos, contra 10.500 que Honolua passou a somar. A carioca até teve um início melhor na final de poucas ondas boas em Long Beach, recebendo nota 6,67 em sua primeira onda, contra 6,00 de Honolua. Ambas tentaram mostrar o seu surfe em mais de dez ondas e a havaiana conseguiu uma nota maior, 6,73, na segunda onda computada, para acabar com a invencibilidade de Chloé Calmon por uma pequena vantagem de 12,73 a 12,54 pontos.
“Eu estou com um sentimento incrível agora e é como dizem, três vezes não né (risos)”, brincou a campeã mundial de 2017, Honolua Blomfield. “Eu buscava mesmo essa direita pequena que estava entrando e parecia bem consistente. Eu apenas tentei fazer algumas manobras nas ondas e deu certo. Esta foi a primeira vez que surfei com uma quilha só em um evento da WSL e achei muito legal usar minha prancha Two Crowns, já que eles foram os primeiros a fazer um pranchão pra mim quando eu tinha 10 anos de idade. Estou superfeliz em vencer aqui em Nova Iorque e espero repetir este momento lá em Taiwan”.
OUTRAS SUL-AMERICANAS – No Longboard Classic New York, o Brasil teve o reforço da tricampeã sul-americana Atalanta Batista. A pernambucana não competiu na etapa passada em Pantin, na Espanha, sendo a única sul-americana a entrar na primeira fase em Nova Iorque. Ela estreou com vitória e passou pela segunda fase, assim como a outra participante do Brasil, Monique Pontes.
No entanto, ambas foram eliminadas na rodada classificatória para as oitavas de final e ficaram em 17.o lugar. Já as peruanas Maria Fernanda Reyes e Ana Camila Kaspar, perderam em suas primeiras participações nas ondas de Long Beach e terminaram na 25.a e 33.a posições, respectivamente. Atalanta Batista subiu para o 19.o lugar no ranking, Monique está empatada em trigésimo com Ana Camila e Maria Fernanda passou para a 34.a posição.
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