A World Surf League já definiu os convidados para a oitava das onze etapas do Championship Tour 2019 e todos são jovens promessas com idade de Pro Junior ainda. Um deles é o atual campeão mundial da categoria Sub-18, Mateus Herdy. Os outros são os americanos Kade Matson, Crosby Colapinto e a havaiana Gabriela Bryan. Com a entrada do catarinense e a confirmação do paulista Caio Ibelli, ambos substituindo os tops contundidos, o Brasil terá um terço dos participantes do Freshwater Pro, treze surfistas. No ano passado, os brasileiros dominaram as ondas da piscina do Surf Ranch, com Gabriel Medina sendo o campeão e Filipe Toledo ficando em segundo lugar no evento que terá sua segunda edição na próxima semana, dias 19, 20 e 21 em Lemoore, na Califórnia, Estados Unidos.
O formato da competição terá algumas modificações esse ano. Os 36 competidores serão agora divididos em seis baterias de seis atletas na primeira fase. Cada surfista terá direito a surfar duas ondas para a direita e duas para a esquerda, intercaladamente, ou seja, um por vez. Serão computadas a maior nota recebida na direita e a maior na esquerda, isso para eles mostrarem suas habilidades surfando de frontside (de frente pra onda) e de backside (costas).
Os dois melhores de cada bateria avançam para a segunda fase, junto com os doze que obtiveram as maiores pontuações entre os que não ficaram nas duas primeiras posições, totalizando 24 surfistas. Os doze piores são eliminados. Diferente da primeira rodada, nesta segunda cada surfista terá uma chance de aumentar seu somatório pegando uma direita e uma esquerda apenas. Alguns conseguirão melhorar, outros não, mas somente os oito que tiverem as maiores pontuações avançarão para a grande final.
Nesta terceira fase, que definirá a classificação final do Freshwater Pro, zera tudo e passa a valer a maior nota na direita e na esquerda que os oito finalistas conseguirem nas duas chances que cada um terá para surfar de frontside e de backside. Depois, os quatro que obtiverem as maiores pontuações, irão decidir o título com mais uma oportunidade de tentar aumentar seu placar, pegando mais uma direita e mais uma esquerda.
CATEGORIA FEMININA – Na categoria feminina, a dinâmica da competição será igual, porém adaptando-se ao número de participantes, que neste caso é de dezoito atletas divididas em três baterias de seis competidoras. Nesta primeira fase, cada uma pode surfar duas direitas e duas esquerdas para somar as maiores notas conseguidas de frontside e de backside.
As doze melhores avançam para a segunda fase, onde surfarão mais uma esquerda e uma direita para tentar aumentar suas pontuações. As quatro que obtiverem as maiores somatórias seguem para a fase final. Nesta rodada decisiva, zera tudo e as quatro finalistas surfarão duas direitas e duas esquerdas para somar as maiores notas conseguidas na direita e na esquerda. As duas que computarem mais pontos, decidirão o título surfando mais uma direita e mais uma esquerda. para tentar aumentar as pontuações obtidas na segunda fase.
Na categoria feminina, a gaúcha Tatiana Weston-Webb em oitavo lugar no ranking e a cearense Silvana Lima em 13.o, são as únicas representantes do Brasil, contra treze na masculina. Filipe Toledo vai competir com a lycra amarela do Jeep Leaderboard no Freshwater Pro e mais dois brasileiros estão entre os sete surfistas com chances matemáticas de brigar pela ponta na corrida pelo título mundial nesta reta final da temporada.
BRIGA PELA LIDERANÇA – O atual campeão, Gabriel Medina, poderia ter assumido a liderança se vencesse o Tahiti Pro Teahupoo, mas perdeu a decisão para o australiano Owen Wright e está em quarto no ranking, com o potiguar Italo Ferreira em sexto. Os outros concorrentes são o sul-africano Jordy Smith em segundo lugar, o norte-americano Kolohe Andino em terceiro, o japonês Kanoa Igarashi em sétimo e o próprio Owen Wright em oitavo, que já tem que vencer o campeonato para superar a pontuação atual do líder, Filipe Toledo.
Os outros brasileiros vão tentar se afastar da zona do rebaixamento, ou seja, ficar entre os 22 primeiros colocados no ranking final, que são mantidos na elite dos top-34 para o ano que vem. Um novato na “seleção brasileira” do CT, Deivid Silva, conseguiu se distanciar um pouco com o nono lugar no Tahiti Pro, que o levou da 18.a para a 16.a posição no ranking. Depois, tem o também paulista Caio Ibelli em 18.o lugar, seguido pelo catarinense Willian Cardoso em 19.o, o cearense Michael Rodrigues em vigésimo e o paranaense Peterson Crisanto empatado em 21.o com o francês Joan Duru, ambos fechando o G-22.
Dos que estão fora da zona de classificação para o CT 2020 no momento, dois estão confirmando suas permanências entre os dez indicados pelo ranking do WSL Qualifying Series, o potiguar Jadson André que lidera o ranking e o catarinense Yago Dora. Yago é o 27.o no ranking do CT e Jadson está em 29.o. Já os paulistas Jessé Mendes em 28.o e o campeão mundial Adriano de Souza, em 32.o, não estão em nenhuma lista classificatória e no momento ficariam de fora da elite dos top-34 que vai disputar o título mundial de 2020.
PRÓXIMAS ETAPAS – Depois do Freshwater Pro no Surf Ranch, restarão apenas mais três etapas do World Surf League Championship Tour para definir o campeão mundial de 2019. As próximas serão o Quiksilver Pro France, de 03 a 13 de outubro em Hossegor, seguido pelo Meo Rip Curl Pro Portugal nos dias 16 a 28 do mesmo mês em Peniche, última parada antes do Billabong Pipe Masters fechar a temporada nos dias 08 a 20 de dezembro no Havaí, onde Gabriel Medina festejou o bicampeonato mundial com vitória nos tubos de Pipeline.
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