Quem passar vai se juntar aos pré-classificados do torneio, que se realiza no Pavilhão de Exposições do Anhembi até domingo, 22, e distribui a maior pontuação do ano para Tóquio 2020
A quarta-feira foi de muito treinamento e reconhecimento da pista para os 112 inscritos nas baterias classificatórias do Mundial de Skate Street, etapa final da Street League Skateboarding (SLS), que se realiza até domingo, 22, em São Paulo. Nesta quinta-feira skatistas do mundo todo brigam por uma das 20 vagas nas quartas de final do mais importante evento da temporada 2019. Quem vencer domingo na pista montada no Pavilhão de Exposições do Anhembi, além de campeão do mundo, somará 80 mil pontos no ranking que definirá em maio quem estará em Tóquio 2020. Ainda há ingressos para a semifinal no sábado, 21. As finais já estão esgotadas. Os ingressos estão à venda no site https://www.eventim.com.br
A fase classificatória será disputada com portões fechados nesta quinta-feira, a partir das 10h, com baterias femininas e masculinas. Entre os destaques estão 13 brasileiros como o gaúcho Luan Oliveira, o paulista de Jaguariúna, Tiago Lemos, e o cearense Lucas Rabelo. “A expectativa é grande por estar competindo no meu país, mas ao mesmo tempo a pressão é enorme, porque a galera espera muito da gente. Mas o importante é se divertir e conseguir avançar na competição”, comentou Lucas.
Como é praxe nas etapas da SLS, a pista é revelada aos atletas apenas na véspera da competição. Desenhada pela California SkateParks, empresa que constrói as pistas mais desejadas do mundo, a de São Paulo traz obstáculos considerados pelos atletas de alto grau de dificuldade. Um dos maiores desafios desta pista, que leva a assinatura da empresa que construirá o traçado olímpico, é ter a triple set, ou seja, uma escadaria de três lances com corrimãos. Rayssa Leal, a segunda colocada no ranking olímpico, passou nesta quarta-feira pelo Anhembi e gostou do que viu. “A pista é bem legal, mas também muito difícil porque os obstáculos são muito altos e complicados. Mas espero conseguir fazer minhas manobras”, disse a maranhense de 11 anos.
Ivan Monteiro, quinto melhor brasileiro, está animado de competir em casa. Ele também elogiou o traçado, que traz os principais elementos urbanos para a área de competição. “Certamente é uma das pistas mais styles que já vi. Fiquei feliz porque tem vários corrimãos”, disse Ivan, que entra direto nas quartas de final.
Nesta quinta-feira, os vinte classificados vão se juntar aos mais bem colocados do ranking mundial que estão em São Paulo. Na sexta-feira, 20, a pista ficará disponível para treino dos atletas pré-classificados para a semifinal.
Entre as meninas mais bem ranqueadas, destaque para o trio brasileiro que domina as três primeiras posições no momento: Pâmela Rosa, a número um, Rayssa Leal, a número dois, e Letícia Bufoni, a número três do mundo. Entre as estrangeiras, a australiana Hayley Wilson, a japonesa Aori Nishimura, a americana Alana Smith e a holandesa Candy Jacobs são algumas das feras que estarão em ação pela primeira vez por aqui.
A lista masculina também traz os principais atletas do mundo como o japonês Yuto Horigome, que recentemente assumiu a primeira posição no ranking olímpico que era ocupada pelo americano Nyjah Huston, o maior campeão da SLS, atualmente segundo. O português Gustavo Ribeiro e os brasileiros Kelvin Hoefler, Giovanni Vianna, Felipe Gustavo, o Buchecha, e Ivan Monteiro também estão entre os destaques desta busca por uma vaga olímpica.
O evento é aberto ao público nos dias 21 e 22 de setembro, quando serão disputadas a semifinal e final. O Pavilhão de Exposições do Anhembi tem capacidade para receber até 8 mil pessoas por dia. Segundo Pedro Rego Monteiro, Diretor Executivo da Effect Sport, organizadora da competição que vale vaga para Tóquio 2020 e de onde sairá o campeão mundial de 2019, trazer o Mundial para o Brasil reforça a relevância do skate nacional e ajuda a proporcionar aos atletas brasileiros uma proximidade maior com os fãs. “A pista traz elementos das ruas, como escadas, corrimãos, e é inédita, promovendo uma disputa mais equilibrada entre os participantes. Quem ganha é o público, que vai ver aqui manobras espetaculares protagonizadas pelos maiores skatistas do mundo”, explicou Pedro.
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