Joziane Cardoso e Giovani dos Santos, os melhores brasileiros
A 30ª edição da Dez Milhas Garoto teve domínio estrangeiro na manhã deste domingo (29). O queniano Geofry Kipchumba foi o campeão, superando seu compatriota Nicholas Keter e o mineiro Giovani dos Santos, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Viola Chemos, de Uganda, venceu no feminino, com a paranaense Joziane Cardoso, em segundo. A prova, uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil, reuniu o recorde de 14 mil corredores, incluindo os participantes da Corrida Garotada, disputada neste sábado (28).
O clima ameno, em torno de 22 graus, colaborou para que a festa da edição comemorativa fosse completa. A competição coloriu de amarelo as ruas de Vitória e de Vila Velha e a terceira ponte que liga as duas cidades, numa imagem marcante e que mostra a força do esporte.
Entre os corredores de elite, os dois quenianos imprimiram um ritmo forte desde o início e dominaram o percurso. Percebendo que não conseguiria alcançá-los, Giovani dos Santos procurou marcar Gilmar Lopes, que era outro favorito. No final, deu Geofry (48min18set) e Nicholas (48min24), com Giovani (49min28) em terceiro e Gilmar acabou em quinto lugar, atrás do tanzaniano Marco Joseph.
“Estou muito feliz com a vitória, ainda mais que melhorei em relação ao ano passado quando fui terceiro. Fiz uma corrida estratégica e procurei liderar o tempo todo. Abri vantagem no final da terceira ponte (pouco antes da metade da prova) e administrei até fim”, explicou Geofry Kipchumba, que chegou ao Brasil há três semanas.
Giovani dos Santos também estava satisfeito. “Vi que os quenianos abriram logo e esperei para ver se eles iam sentir. Como seguiram, procurei fazer minha prova e estou muito contente com o terceiro lugar. Ano passado tive várias lesões, mas este ano estou muito bem e agora vou pensar na São Silvestre”, analisou o mineiro de Natércia.
Joziane quase quebrou um tabu de 12 anos
A última brasileira a vencer a Dez Milhas Garoto foi Edinalva Laureno da Silva, em 2007. E neste domingo Joziane Cardoso bateu na trave e por 18 segundos não derrubou este tabu de 12 anos. Ela acompanhou a corredora de Uganda Viola Chemos o tempo inteiro e, no final, ainda tentou ultrapassá-la, mas não conseguiu. Viola completou os 16,3 quilômetros do percurso em 59min39seg e Joziane em 59min57seg., à frente de outra brasileira Rejane Bispo da Silva, que chegou em 1h00min13.
“Cheguei ao Brasil há duas semanas e estou gostando muito daqui. Hoje (domingo) fiz o melhor tempo da minha carreira nesta distância”, contou Viola, vice-campeã da Meia Maratona do Rio deste ano.
Já Joziane estava incomodada. “Quase deu para vencer. Vim junto com a queniana até o quilômetro 12. Ela abriu e eu acompanhei. Achei que ia dar para passar, mas ela manteve o ritmo e eu decidi, perto do final, garantir o segundo lugar e ser a melhor brasileira, repetindo meu resultado de 2017 aqui”, afirmou a paranaense de Apucarana, garantindo que o resultado a coloca novamente no cenário das grandes corridas do Brasil, depois de uma má fase e algumas lesões.
Em paralelo, um contingente de milhares de corredores amadores, procuravam completar o percurso, alguns tentando melhorar seu recorde pessoal e outros celebrando a saúde e a qualidade de vida que o esporte proporciona.
Resultados:
Masculino
1- Geofry Kipchumba (Quênia) – 48min18seg
2- Nicholas Keter (Quênia) – 48min24seg
3- Giovani dos Santos (Brasil) – 49min28seg
4- Marco Joseph Marco (Tanzânia) – 50min40seg
5- Gilmar Silvestre Lopes (Brasil) – 50min53seg
Feminino
1- Viola Chemos (Uganda) – 59min39seg
2- Joziane da Silva Cardoso (Brasil ) – 59min57seg
3- Rejane Ester Bispo da Silva (Brasil) – 1h00min13seg
4- Kleidiane Barbosa Jardim (Brasil) – 1h00min16seg
5- Ayelu Deme (Etiópia) – 1h00min17seg
Cadeirante – Masculino
1- Leonardo Melo – 44min13seg
Cadeirante – Feminino
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