Crédito: Wagner Carmo/CBAt
A disputa dos 400 metros foi um dos destaques da quarta etapa do XLI Troféu Brasil de Atletismo, no Estádio Olímpico Nilton Santos, no Rio de Janeiro. As medalhas de ouro ficaram com Tiffani Marinho (Orcampi-SP), com 51.51, e Douglas Mendes da Silva (Balneário Camboriú-SC), com 45.96 – ambos obtiveram suas melhores marcas pessoais.
Tiffani, que está qualificada para o Mundial de Atletismo do Oregon, nos Estados Unidos, de 15 a 24 de julho, comemorou o resultado – sua melhor marca anterior era 51.73 obtida em maio, em Oordegen, na Bélgica. “A gente vem buscando esse PB há alguns anos. Eu corri 51 algumas vezes em 2019, depois veio a pandemia e a gente não conseguiu dar sequência as melhoras anuais. Estou muito, mas muito feliz. Eu vinha esperando muito esse PB e fica um sentimento de gratidão e um gostinho de quero mais porque agora vem o Mundial”, disse Tiffani. “Vou entrar no Mundial mais confiante”, completou Tiffani campeã brasileira pela quarta vez consecutiva.
A segunda colocada nos 400 m foi Tabata Vitorino de Carvalho (AA Maringá), com 51.99, também sua melhor marca pessoal. “Estou muito feliz com o resultado e correr com a Tiffani, a melhor do Brasil há quatro anos, é um privilégio. Minha expectativa é ajudar o Brasil.” Maria Victoria Belo de Sena (APA-SP), com 52.70, foi a terceira, com 52.70. Tábata pensa em se qualificar para a prova individual pelo Ranking de pontos da WA e integrar o revezamento 4×400 m misto no Mundial. Serão convocados três atletas homens e três mulheres.
Douglas da Silva, de 21 anos, comemorou muito o seu primeiro título no Troféu Brasil, com melhor marca pessoal (45.96) – seu melhor tempo era 46.22. Vitor Hugo de Miranda (Orcampi-SP) foi segundo (46.08) e Pedro Burmann de Oliveira (UCA-SC) o terceiro (46.44). “Estou muito feliz, vinha trabalhando para isso. Meu objetivo é tentar conseguir disputar o Mundial e fico pensando na Olimpíada de 2024”, disse Douglas.
A quebra de um recorde do Troféu Brasil veio nos 3.000 m com obstáculos feminino, com Tatiane Raquel da Silva (IPEC-PR) e o tempo de 9:39.66. Melhorou sua própria marca da competição, de 9:49.22, que era de 2016. “Eu queria o recorde e tinha isso em mente”, disse Tatiane, que veio de uma temporada na Europa, a primeira em 19 anos de carreira, em que quebrou o recorde brasileiro e sul-americano dos 3.000 m com obstáculos (9:24.38), em Watford (GBR).
“Cada ‘bordoada’ serviu de aprendizado, corri próximo das meninas, foi uma boa experiência e veio o resultado.” Agora vai para a sua casa em Guarapuava, no Paraná, fazer o apronto final perto da família, até a viagem para os Estados Unidos e a disputa do Mundial.
Simone Ponte Ferraz (APA/SECEL/Jaraguá do Sul-SC), campeã dos 5.000 m, ficou em segundo lugar com 9:52.77 – sua expectativa é garantir vaga no Mundial pelo Ranking de pontos da World Athletics. Mirelle Leite da Silva (Projeto Atletismo Campeão-PE) ficou com a medalha de bronze (9:56.29).
Gabriela de Freitas Tardivo (IPEC-PR) foi quarta colocada, com 10:35.10, mas fez índice para o Mundial Sub-20 de Cáli (COL), de 2 a 7 de agosto batendo a marca mínima de 10:36.00 da WA.
Nos 3.000 m com obstáculos entre os homens a vitória veio com o pernambucano de Garanhuns Gleison da Silva Santos (ADECAI-PE), que ficou muito emocionado com a conquista de seu primeiro Troféu Brasil dentro do Estádio Olímpico Nilton Santos, com 8:48.08, sua melhor marca pessoal. Jean Carlos Doberth Machado (EC Pinheiros-SP) foi o segundo colocado (8:48.48) e Vinícius de Carvalho Alves (Orcampi-SP) o terceiro (8:55.21). “Estou muito feliz com o título. No ano passado fui vice”, disse Gleison, fã dos maratonistas Vanderlei Cordeiro de Lima e Ronaldo da Costa que estavam na arquibancada.
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