Shingo Kunieda participa da competição. Crédito:(Getty Images/Ryan Pearse)
Para celebrar a histórica edição de 10 anos, que acontecerá em fevereiro, no Rio de Janeiro, o Rio Open preparou mais uma surpresa para os torcedores. Pela primeira vez em sua história, o torneio terá uma competição internacional de tênis em cadeira de rodas de altíssimo nível. O Wheelchair Tennis Elite reunirá atletas do Brasil, Japão e Grã-Bretanha, que fazem parte da elite mundial da modalidade. Estarão presentes na competição o brasileiro Daniel Rodrigues, o japonês Shingo Kunieda, e os britânicos Alfie Hewett e Gordon Reid, que acabaram de conquistar o título de duplas do Australian Open.
Considerado o maior tenista em cadeira de rodas da história e o recordista de títulos de Grand Slam em todo o tênis, superando até mesmo nomes como Novak Djokovic e Serena Williams, Shingo Kunieda estará nas quadras no Wheelchair Tennis Elite. Dono de 50 títulos de Grand Slam, 4 medalhas de ouro paralímpicas, 4 Masters, considerado o melhor jogador do circuito por 10 temporadas pela ITF e com 117 títulos em seu currículo, o japonês dominou o circuito de cadeira de rodas com o seu estilo dinâmico de jogo. Esta será a primeira partida do japonês após a sua aposentadoria no início da última temporada.
“Estou animado para competir no Wheelchair Tennis Elite. Mesmo aposentado do circuito da ITF, estou extremamente honrado em receber o convite e muito animado em jogar no Rio de Janeiro pela primeira vez desde os Jogos Paralímpicos de 2016. Continuo comprometido em elevar o tênis em cadeira de rodas em nível mundial, então ter esta competição dentro de um torneio ATP é muito especial para nós. Estou muito animado para estar com todos vocês muito em breve”, disse o multicampeão.
Número 2 do mundo em simples e 1 em duplas, Hewett, de 26 anos, lidera o tênis em cadeira de rodas atual e vem em excelente fase, tendo terminado 2023 como o número 1 pela primeira vez em sua carreira e sendo coroado pela ITF pelo feito. Entre os seus mais de 100 títulos conquistados em carreira profissional, o britânico é dono de 27 títulos de Grand Slam entre simples e duplas, além de três medalhas em Jogos Paralímpicos e seis títulos de Masters.
O seu parceiro, com quem divide o atual posto de número 1 do mundo nas duplas, Gordon Reid também vem com um currículo de peso. Com mais de 100 títulos também conquistados e ex-número 1 do mundo em simples, o britânico tem o circuito de duplas como a sua maior especialidade, onde conquistou 23 de seus 25 títulos de Grand Slams. Ao lado de Hewett, Reid conquistou 44 títulos no circuito de duplas, sendo 19 Grand Slams, e também completaram o chamado “calendar Slam”, conquistando todos os títulos de Grand Slam da temporada de 2021. Já familiar com o Rio de Janeiro, Reid conquistou o seu ouro paraolímpico em simples justamente nos Jogos Paralímpicos de 2016.
Para completar o grande line-up e representar o país da casa, o torneio contará com o brasileiro Daniel Rodrigues. O experiente jogador de 37 anos e ex-número 11 do circuito mundial tem como destaque em seu vasto currículo cinco medalhas em Jogos Parapan-Americanos, além do seu estilo de jogo físico e cativante.
“Estamos orgulhosos e animados em poder ver de perto os melhores tenistas em cadeira de rodas nas quadras de saibro do Jockey Club Brasileiro. Serão três dias de grandes jogos e diversas ações que oferecerão uma experiência única com esses super atletas,” disse Luiz Carvalho, Diretor do Rio Open.
Os jogos estão marcados para acontecer nos dias 22, 23 e 24 de fevereiro no Jockey Club Brasileiro. No dia 22, os quatro tenistas da competição em cadeira de rodas se enfrentarão nas semifinais, em confrontos ainda a serem sorteados. Já no dia 23 será a final de simples, enquanto no dia 24 acontecerá a final de duplas.
“Além de reunirmos todos os anos os melhores tenistas do mundo no Rio Open, agora também contaremos com a elite do tênis em cadeira de rodas. Esta é mais uma das atrações especiais que preparamos para esta edição histórica de 10 anos do Rio Open. Por meio deste torneio especial, também trazemos para o evento de uma maneira mais forte questões como acessibilidade e inclusão. Sabemos das dificuldades que as pessoas com deficiência em geral enfrentam no dia a dia em nosso país, e queremos ser um exemplo positivo neste sentido também”, disse Marcia Casz, diretora geral do Rio Open.
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