Crédito: Bruno Neves Lopes/EAZ
O skate é tanto um esporte quanto uma forma de arte, caracterizado pelo uso de um skate, uma prancha com rodas, para a execução de manobras, truques e deslocamentos. Surgido na Califórnia nos anos 1950, o skate foi inicialmente concebido como uma alternativa ao surf, permitindo que os praticantes continuassem a deslizar mesmo fora das ondas. A inovação veio de surfistas que, em busca de novas emoções, adaptaram rodinhas em suas pranchas, criando o que hoje conhecemos como skate.
Desde o seu surgimento, o skate passou por diversas fases de evolução. Nos anos 1960, a popularidade do esporte começou a crescer, especialmente entre jovens que procuravam uma forma de expressão alternativa. Na década seguinte, o desenvolvimento de novos materiais e designs de pranchas ampliou ainda mais as possibilidades de manobras e truques, levando ao surgimento de competições e eventos dedicados ao skate.
Os anos 1980 e 1990 foram marcados pela consolidação do skate como um fenômeno cultural global. A popularização de vídeos de skate e a ascensão de marcas especializadas ajudaram a difundir o esporte ao redor do mundo. Durante esse período, surgiram subculturas distintas dentro da comunidade, cada uma com suas próprias estéticas, valores e estilos de vida. O skate também começou a ser visto como uma forma de arte, com skatistas utilizando o ambiente urbano como tela para suas performances.
Hoje, o skate continua a evoluir, com novas modalidades e estilos surgindo constantemente. A inclusão do skate como esporte olímpico nos Jogos de Tóquio 2020 representou um marco significativo, reconhecendo oficialmente a importância e a influência do skate no cenário esportivo global. Além disso, o skate mantém uma forte presença na cultura popular, influenciando moda, música e artes visuais.
A comunidade do skate é diversa e inclusiva, reunindo pessoas de diferentes idades, origens e culturas. Essa comunidade valoriza a criatividade, a liberdade de expressão e a camaradagem, características que continuam a atrair novos adeptos e a garantir a relevância do skate nas próximas décadas.
O skate é um esporte versátil, com diversas modalidades que se distinguem por suas características únicas e técnicas específicas. Cada modalidade de skate oferece uma experiência diferente, adaptando-se a variados ambientes e estilos de manobras. Aqui, exploramos algumas das principais categorias: street, park, vert e freestyle.
A modalidade street é talvez a mais popular e amplamente praticada. Envolve a execução de manobras e truques em obstáculos urbanos como escadas, corrimões, bancos e muretas. Os skatistas de street utilizam um skate com shape simétrico e rodas médias, adequadas para um bom equilíbrio entre deslizamento e aderência. A habilidade de adaptar truques às características do ambiente urbano é um dos maiores desafios e atrativos dessa modalidade.
Já o park é praticado em pistas especialmente construídas, compostas por rampas, bowls, quarters e outras estruturas que permitem uma ampla gama de manobras. Os skatistas de park frequentemente utilizam shapes mais largos e rodas maiores para melhor estabilidade e velocidade. Esta modalidade exige habilidades técnicas para transições rápidas e manobras aéreas, tornando-se um ambiente controlado e ideal para a prática de truques complexos.
A modalidade vert é caracterizada por manobras realizadas em half-pipes e rampas verticais. Os skatistas de vert precisam de equipamentos robustos, como shapes largos e rodas de alta resistência para suportar o impacto das manobras aéreas. Este estilo é conhecido por suas altas velocidades e manobras impressionantes, como flips e grabs, exigindo um nível elevado de coragem e precisão.
Por fim, o freestyle é uma modalidade que se concentra em truques técnicos e criativos realizados em superfícies planas. É uma das formas mais antigas de skate e requer um skate com shape mais estreito e rodas pequenas para maior controle e facilidade na execução de manobras detalhadas. O freestyle é conhecido pela sua elegância e criatividade, desafiando os skatistas a inovar constantemente.
O skate fez sua estreia oficial nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, marcando um marco significativo na história do esporte. A inclusão do skate nas Olimpíadas foi resultado de um longo processo que começou com discussões internas no Comitê Olímpico Internacional (COI) e envolveu diversas federações de skate ao redor do mundo. O objetivo era tornar os Jogos Olímpicos mais jovens e urbanos, refletindo uma tendência global de esportes radicais e de estilo de vida.
O processo de inclusão do skate nos Jogos Olímpicos envolveu várias etapas. Inicialmente, houve debates e análises sobre a popularidade e a viabilidade do esporte. Posteriormente, o COI aprovou oficialmente a adição do skate ao programa olímpico em 2016. A partir daí, começaram os trabalhos para definir as modalidades e os formatos de competição que seriam utilizados nos Jogos de Tóquio.
Nas Olimpíadas, o skate foi dividido em duas modalidades principais: street e park. Ambas as modalidades têm um formato de competição onde os atletas têm várias tentativas para mostrar suas habilidades, e os juízes avaliam a performance geral de cada skatista.
A recepção do público e dos atletas ao skate nos Jogos Olímpicos foi amplamente positiva. Muitos viram a inclusão como uma oportunidade para o esporte ganhar mais visibilidade e reconhecimento global. No entanto, algumas diferenças foram notadas entre as competições olímpicas e outros campeonatos tradicionais de skate. Enquanto campeonatos como o X Games e a Street League Skateboarding (SLS) têm um formato mais informal e um ambiente mais descontraído, as Olimpíadas trouxeram um rigor maior em termos de organização e critérios de julgamento.
O skate, ao longo dos anos, revelou uma série de atletas notáveis que deixaram marcas indeléveis no esporte, tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Entre os brasileiros, destaca-se Bob Burnquist, um dos skatistas mais icônicos da história. Nascido no Rio de Janeiro, Burnquist acumulou inúmeras vitórias ao longo de sua carreira, incluindo medalhas de ouro nos X Games. Ele é conhecido por suas manobras inovadoras e sua capacidade de se adaptar a diferentes modalidades do skate.
Letícia Bufoni é outra figura proeminente no skate brasileiro. Nascida em São Paulo, Bufoni começou a andar de skate ainda criança e rapidamente se destacou em competições nacionais e internacionais. Ela conquistou várias medalhas nos X Games e desempenhou um papel crucial na popularização do skate feminino, abrindo portas para futuras gerações de skatistas.
Rayssa Leal é a primeira brasileira a conquistar medalha olímpica. Em Tóquio 2020 ela foi medalha de prata na categoria street com apenas 13 anos de idade. Desde então, ela venceu o panamericano de em Santiago em 2023 e outros torneios como o SLS (street league).
Pedro Barros, natural de Florianópolis, é um dos principais nomes no skate park. Com um estilo agressivo e fluido, Barros conquistou diversos títulos em competições de prestígio, incluindo várias medalhas de ouro nos X Games. Sua habilidade em transições e sua dedicação ao esporte fizeram dele um dos skatistas mais respeitados do mundo.
No cenário internacional, Tony Hawk é um nome que dispensa apresentações. Considerado um dos maiores skatistas de todos os tempos, Hawk revolucionou o esporte com suas manobras complexas e sua habilidade extraordinária. Ele foi o primeiro a completar o “900”, uma manobra que envolve duas voltas e meia no ar, solidificando seu lugar na história do skate.
Nyjah Huston é outro grande nome do skate mundial. Com um estilo técnico e preciso, Huston conquistou inúmeros títulos, incluindo várias medalhas de ouro nos X Games e no Street League Skateboarding. Sua dedicação ao esporte e suas performances consistentes o tornaram uma figura central no skate contemporâneo.
Sky Brown, apesar de sua pouca idade, já é uma das skatistas mais promissoras do mundo. Representando o Reino Unido, Brown se destacou em várias competições internacionais e é conhecida por seu estilo corajoso e inovador. Ela é um exemplo inspirador de como o skate pode transcender barreiras de idade e gênero.
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