O futebol para cegos, também conhecido como futebol de 5, é uma modalidade esportiva adaptada do futebol tradicional, destinada a pessoas com deficiência visual. Essa modalidade apresenta regras semelhantes ao futebol convencional, porém, incorpora adaptações específicas para atender às necessidades dos jogadores. Uma das principais características do futebol para cegos é o uso de uma bola sonora com um guizo, que emite um som distintivo ao se movimentar, permitindo aos jogadores localizá-la auditivamente.
Essa prática assegura que todos joguem em condições similares, nivelando o campo de atuação. A exceção é o goleiro, que pode ser parcialmente ou totalmente vidente, desempenhando um papel crucial na orientação e defesa da equipe.
Além dessas adaptações, o futebol para cegos é praticado em um campo menor, medindo geralmente 40 metros de comprimento por 20 metros de largura. O campo é cercado por barreiras laterais, cuja função é manter a bola em jogo continuamente e facilitar a orientação espacial dos jogadores. Essas barreiras são essenciais para a dinâmica do jogo, permitindo que os jogadores se movimentem com mais confiança e segurança.
As regras do futebol de 5 também incluem a obrigatoriedade de comunicação verbal entre os jogadores e o goleiro, bem como a orientação do técnico e de um guia posicionado atrás do gol adversário que recebe o nome de “chamador”. Esses elementos de comunicação são fundamentais para a coordenação e execução das jogadas, garantindo que a modalidade seja praticada de forma organizada e eficiente.
Inclusão nas paralimpíadas
O futebol para cegos foi incluído no programa dos Jogos Paralímpicos pela primeira vez em Atenas, em 2004, marcando um momento significativo na história do movimento paralímpico. Essa inclusão refletiu a crescente popularidade e reconhecimento do futebol para cegos ao longo dos anos, destacando a evolução das competições para atletas com deficiência visual e a importância do esporte como ferramenta de inclusão social e desenvolvimento pessoal.
No universo do futebol para cegos, os atletas são categorizados em diferentes classes funcionais, levando em consideração o grau de deficiência visual. A principal classe é a B1, que abrange atletas totalmente cegos ou com percepção de luz, mas sem reconhecimento de formas. Essa classificação é crucial para garantir a equidade e a competitividade do esporte.
Para assegurar que todos os jogadores sejam avaliados de maneira justa, todos os jogadores de linha (exceto os goleiros) utilizam vendas nos olhos durante as partidas, independentemente de sua classe funcional. Isso iguala as condições de jogo, permitindo que o desempenho dos atletas seja julgado com base em suas habilidades técnicas e estratégias de jogo, ao invés de qualquer resquício de visão que possam ter.
O uso de vendas nos olhos é uma medida essencial para manter a integridade do futebol para cegos, garantindo que o jogo permaneça acessível e justo para todos os participantes. Além disso, essa prática promove a autonomia e a confiança dos atletas, que precisam desenvolver habilidades específicas para se orientarem no campo e se comunicarem eficazmente com seus colegas de equipe e treinadores.
Seleções de destaque
O Brasil é reconhecido mundialmente como uma potência no futebol para cegos, tendo acumulado uma série de conquistas notáveis em competições internacionais. A seleção brasileira se destaca tanto nos Jogos Paralímpicos quanto nas Copas do Mundo da modalidade, refletindo um nível de excelência que combina habilidade técnica, tática apurada e uma dedicação intensa ao esporte.
Entre os jogadores brasileiros mais proeminentes, Ricardinho e Jefinho são nomes que se destacam não apenas pelas suas habilidades em campo, mas também por suas histórias inspiradoras de superação. Ricardinho, conhecido por sua precisão e capacidade de liderança, tem sido fundamental para muitas das vitórias da seleção. Jefinho, por sua vez, é admirado por sua velocidade e controle de bola, qualidades que o tornaram uma figura central na equipe brasileira.
A seleção brasileira não é a única a mostrar um desempenho excepcional no futebol para cegos. Outras equipes internacionais também têm se destacado significativamente. A Argentina, por exemplo, é um rival histórico do Brasil e possui uma equipe igualmente talentosa. A China tem investido amplamente no desenvolvimento do esporte e tem apresentado resultados cada vez mais competitivos. A Espanha, com sua abordagem tática e jogadores habilidosos, também figura entre as principais seleções do mundo.
Essas seleções não apenas competem em alto nível, mas também desempenham um papel crucial na promoção do futebol para cegos globalmente. As histórias de vida e as conquistas dos jogadores brasileiros, como Ricardinho e Jefinho, inspiram novas gerações de atletas e ajudam a fomentar uma maior inclusão e reconhecimento do esporte em todo o mundo.
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