Entenda os esportes

O Que é Goalball? Como Entrou para os Jogos Paralímpicos? Classes Funcionais? Seleções de Destaque

O Que é Goalball?

Goalball é um esporte coletivo criado especificamente para pessoas com deficiência visual. Desenvolvido em 1946 por Hanz Lorenzen e Sepp Reindle, o jogo surgiu como uma forma de reabilitação para veteranos da Segunda Guerra Mundial que perderam a visão. Ele rapidamente ganhou popularidade devido à sua capacidade de proporcionar uma competição justa e emocionante para atletas cegos e com baixa visão.

O jogo é disputado por duas equipes, cada uma composta por três jogadores. Para garantir a igualdade de condições, todos os jogadores usam vendas nos olhos, eliminando qualquer vantagem de percepção visual. As vendas padronizadas asseguram que todos os participantes dependam exclusivamente de seus outros sentidos, especialmente a audição e o tato.

O principal objetivo do goalball é lançar uma bola equipada com guizos em direção ao gol adversário, tentando marcar pontos. A bola é maior e mais pesada do que a utilizada no futebol, e os guizos dentro dela permitem que os jogadores localizem a bola pelo som. As partidas são realizadas em uma quadra retangular com marcações táteis para orientar os jogadores sobre sua posição e a localização das áreas de jogo

Os jogadores defensores posicionam-se ao longo da frente de seu gol e utilizam seus corpos para bloquear a bola, mergulhando e estendendo-se longitudinalmente. A comunicação verbal e o trabalho em equipe são cruciais, pois os jogadores precisam coordenar seus movimentos e estratégias sem a ajuda da visão. Um jogo típico de goalball é caracterizado pela intensidade e rapidez, com os atletas demonstrando agilidade, força e precisão auditiva.

Como Entrou para os Jogos Paralímpicos?

O goalball foi introduzido nos Jogos Paralímpicos em 1976, durante os Jogos de Toronto, no Canadá. Essa estreia marcou um ponto crucial na história dos esportes paralímpicos, pois trouxe uma nova dimensão de competição e inclusão para atletas com deficiência visual. Inicialmente, a modalidade era restrita aos homens, refletindo uma tendência comum na época de segregar competições esportivas por gênero. Em 1984, nas Paralimpíadas de Nova Iorque, que a competição feminina de goalball foi oficializada.

Classes Funcionais

No goalball, todos os atletas são classificados como deficientes visuais, mas existe uma subdivisão específica para assegurar a equidade nas competições. Os jogadores são distribuídos em três classes funcionais. A primeira classe, B1, inclui atletas que são totalmente cegos ou que têm apenas percepção de luz, sem a capacidade de reconhecer a forma da mão a qualquer distância. Esta classe abrange aqueles com a menor acuidade visual.

A segunda classe, B2, engloba jogadores que têm a capacidade de reconhecer a forma da mão, mas ainda possuem uma acuidade visual bastante limitada, até 2/60, e/ou um campo visual menor que 5 graus. Esta categoria é intermediária, representando um nível moderado de deficiência visual.

Por fim, a classe B3 é composta por atletas com acuidade visual entre 2/60 e 6/60 e/ou um campo visual entre 5 e 20 graus. Os jogadores desta classe têm a maior acuidade visual permitida para competir no goalball, mas ainda dentro dos critérios de deficiência visual.

Seleções de Destaque

O Brasil se destaca entre as principais seleções de goalball. Crédito: Marcello Zambrana/ CPB

Diversas seleções têm se destacado no cenário internacional do goalball, um esporte que cresce em popularidade e competitividade. No lado masculino, o Brasil é uma potência indiscutível. A seleção masculina brasileira tem se destacado em várias competições internacionais, conquistando medalhas de ouro, prata e bronze em eventos como os Jogos Paralímpicos e campeonatos mundiais. A dedicação e o talento dos jogadores brasileiros têm colocado o país entre os melhores do mundo no goalball.

Já no lado feminino, a seleção dos Estados Unidos é uma das mais fortes e consistentes. As jogadoras americanas têm um histórico impressionante, com múltiplas vitórias em campeonatos mundiais e paralímpicos. A equipe feminina dos Estados Unidos é reconhecida por sua estratégia bem definida e sua habilidade técnica, fatores que contribuem para seu sucesso contínuo nas competições globais.

Além do Brasil e dos Estados Unidos, outros países têm mostrado um desempenho notável tanto no masculino quanto no feminino. A Turquia, por exemplo, tem investido significativamente no desenvolvimento do goalball, e isso tem se refletido em suas conquistas internacionais. A seleção turca é conhecida pela sua paixão e competitividade, fatores que a têm levado a obter resultados expressivos.

A Lituânia também é um país que se destaca no goalball, especialmente no lado masculino. A seleção lituana tem uma tradição forte no esporte, com várias medalhas e títulos em seu currículo. A habilidade técnica e a experiência dos jogadores lituanos fazem deles adversários formidáveis em qualquer competição.

No Japão, tanto as seleções masculinas quanto femininas têm mostrado um crescimento constante. O compromisso dos atletas japoneses com o goalball é evidente em suas performances, e o país está rapidamente se estabelecendo como uma força emergente no cenário internacional.

dungo

Jornalista, corredor e admirador da cidade maravilhosa

Recent Posts

Definidos os campeões da 3ª etapa do Circuito Fairmont de Beach Tennis

Inscrições para quarta etapa em maio já estão abertas

1 dia ago

Jovem catarinense Beatriz Valério é campeã em Biguaçu (SC) e terá melhor ranking no circuito mundial

Jovem catarinense de São José (SC), de 18 anos, Beatriz Valério, que tem parceria com…

2 dias ago

Giovanni Cariani celebra conquista no BT 200 de Maresias (SP)

Giovanni Cariani, patrocinado pela AMA, Spitter, CN Construtora, Beach Point Londrina e que tem parceria com…

4 dias ago

Daniel Mola e Vitória Marchezini erguem títulos no BT 200 de Maresias (SP)

Atletas da Beat Sports Manager, Daniel Mola e Vitória Marchezini brilharam neste domingo com títulos…

4 dias ago

COM RECORDE DE INSCRITOS, WTR NOVA LIMA CELEBRA ELITE DO TRAIL RUN E PROMETE GRAND FINALE COM MOUNTAIN BIKE E DUATHLON

Crédito: Felipe Almeida O coração das montanhas mineiras bateu mais forte neste fim de semana…

5 dias ago

Ryan Char é campeão em Cochabamba e conquista seu 1º título internacional

Tenista disputa torneio de Santa Cruz de la Sierra, um J60

6 dias ago