O que é Breaking/Breakdancing? Como foi parar nos Jogos Olímpicos, quem são os atletas que irão disputar. Tem brasileiro no esporte se destacando?

O que é Breaking/Breakdancing?

O breaking, também conhecido como breakdancing, é um estilo de dança de rua que emergiu nos Estados Unidos durante a década de 1970, especificamente no bairro do Bronx, em Nova York. Este estilo de dança se destaca por sua combinação única de movimentos acrobáticos, giros no chão e coreografias dinâmicas que exigem não apenas força física, mas também uma considerável dose de flexibilidade e habilidade técnica. A música é um componente essencial do breaking, com o hip-hop sendo o gênero mais frequentemente associado a essa forma de arte.

O breaking é uma das quatro principais vertentes da cultura hip-hop, ao lado do rap, graffiti e DJing. Esses elementos juntos formam a base da cultura hip-hop, cada um contribuindo com uma dimensão única e rica para o movimento. No breaking, os dançarinos, conhecidos como b-boys e b-girls, utilizam a música como guia para seus movimentos, criando uma sinergia entre a dança e a batida que resulta em performances eletrizantes.

Além de ser uma forma de expressão artística, o breaking é frequentemente praticado em batalhas, que são competições onde dançarinos se enfrentam para exibir suas habilidades. Nessas batalhas, os participantes são julgados por critérios como criatividade, técnica, musicalidade e estilo individual. As batalhas de breaking não são apenas competições, mas também eventos sociais que promovem a camaradagem e o respeito mútuo entre os dançarinos.

Embora tenha suas raízes na cultura de rua, o breaking evoluiu significativamente ao longo dos anos, ganhando reconhecimento e respeito no cenário global da dança. Hoje, o breaking é uma forma de arte respeitada e influente, que continua a evoluir e a inspirar novas gerações de dançarinos ao redor do mundo.

Como o Breaking foi parar nos Jogos Olímpicos?

O breaking foi oficialmente incluído como um esporte nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2020 marcou um momento significativo na história do esporte. Esta inclusão faz parte de uma estratégia maior do COI para atrair um público mais jovem e diversificado aos Jogos Olímpicos. Anteriormente, o breaking já havia conquistado uma posição de destaque em competições internacionais, como o World DanceSport Federation (WDSF) World Breaking Championship.

A trajetória do breaking até os Jogos Olímpicos começou a ganhar força com a realização de eventos de alto perfil e a crescente popularidade entre os jovens. As competições organizadas pela WDSF foram fundamentais para estabelecer o breaking como um esporte competitivo e respeitado. A inclusão do breaking nas Olimpíadas não apenas reconhece sua popularidade, mas também seu valor cultural significativo. O breaking é uma expressão artística que combina movimentos atléticos com criatividade e musicalidade, elementos que têm ressonância global.

A decisão do COI reflete uma mudança nos critérios de seleção de esportes olímpicos, priorizando disciplinas que promovam a inclusão e a diversidade. O breaking, com suas raízes na cultura de rua e sua capacidade de transcender barreiras culturais e linguísticas, é um exemplo perfeito dessa nova abordagem. A presença do breaking nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 será uma plataforma para os dançarinos exibirem suas habilidades em um palco global, oferecendo uma oportunidade única para o esporte ganhar reconhecimento mundial.

O impacto da inclusão do breaking nas Olimpíadas vai além da competição. Ele destaca a evolução dos esportes e o papel dos Jogos Olímpicos como um catalisador para novas tendências e movimentos culturais. Com essa decisão, o COI não só enriquece o programa olímpico, mas também celebra e promove a diversidade e a inovação no esporte.

Quem são os atletas que irão disputar?

Conhecidos como b-boys e b-girls, representam um grupo diversificado de talentos oriundos de diferentes partes do mundo. Estes dançarinos passaram por rigorosos processos de qualificação em competições nacionais e internacionais, demonstrando não apenas habilidades excepcionais na dança, mas também um alto nível de dedicação e resistência física.

Embora os nomes dos atletas que irão competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ainda estejam sendo definidos, já há grandes expectativas em torno de alguns dançarinos renomados no cenário mundial. B-boys e b-girls de países com forte tradição no breakdancing, como Estados Unidos, Japão, França e Coreia do Sul, são frequentemente mencionados como favoritos nas competições internacionais. Estes atletas são conhecidos por suas técnicas inovadoras, estilo único e performances que cativam tanto os juízes quanto o público.

A preparação desses atletas envolve um regime rigoroso que vai além do aperfeiçoamento das suas habilidades de dança. O treinamento físico intenso é essencial para suportar as demandas acrobáticas do breakdancing, que inclui movimentos complexos como giros, saltos e freezes. Muitos b-boys e b-girls incorporam práticas de condicionamento físico, como musculação, alongamento e cardio, em suas rotinas diárias para garantir que estejam em ótima forma para competir no mais alto nível.

Além do treinamento físico, a preparação mental também desempenha um papel crucial. A pressão de competir em um palco global como os Jogos Olímpicos exige que os atletas estejam mentalmente preparados para lidar com o estresse e as expectativas. A construção de uma mentalidade forte é, portanto, um componente vital do treinamento de um b-boy ou b-girl de elite.

Com a crescente popularidade do breaking e a inclusão do esporte nos Jogos Olímpicos, a expectativa é que novos talentos emergentes possam surpreender e se destacar, representando uma nova geração de dançarinos que continuarão a evoluir e enriquecer esta forma de arte dinâmica e vibrante.

Tem brasileiro no esporte se destacando?

O Brasil tem se destacado de maneira significativa no cenário mundial do breaking, demonstrando que o país é um celeiro de talentos promissores na dança. Vários b-boys e b-girls brasileiros têm ganhado notoriedade em competições internacionais, o que reforça a qualidade e a diversidade dos dançarinos brasileiros. Entre os nomes de destaque, estão b-boy Leony e b-girl Luma, que não apenas têm se sobressaído em diversos campeonatos, mas também são fortes candidatos a representar o Brasil nos Jogos Olímpicos.

B-boy Leony, por exemplo, tem impressionado o público e os jurados com sua técnica apurada e suas performances energéticas. Ele já conquistou prêmios em torneios renomados e é visto como uma das grandes promessas do breaking brasileiro. B-girl Luma, por sua vez, também tem chamado atenção com seu estilo único e habilidades excepcionais. Sua trajetória no breaking é marcada por conquistas expressivas e ela é uma referência para muitas jovens que desejam seguir carreira na dança.

A cena do breaking no Brasil é vibrante e tem crescido significativamente nos últimos anos. Este crescimento é evidenciado pelo aumento no número de competições locais e regionais, bem como pelo interesse crescente dos jovens em se profissionalizar na dança. Academias e escolas de dança em todo o país têm registrado uma maior procura por aulas de breaking, o que contribui para o desenvolvimento de novos talentos.