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O que é Hipismo de Adestramento? Como se Pratica e Técnicas? Como Entrou para os Jogos Olímpicos? Atletas de Destaque?

O que é Hipismo de Adestramento e Como se Pratica?

O Hipismo de Adestramento, conhecido internacionalmente como ‘Dressage’, é uma disciplina equestre que enfatiza a precisão, controle e harmonia entre cavalo e cavaleiro. Esta modalidade é frequentemente comparada a uma dança onde ambos os participantes demonstram uma série de movimentos predefinidos. Cada movimento é julgado com base na sua precisão, fluidez e elegância, refletindo a habilidade do cavaleiro em comunicar-se de maneira sutil e eficaz com o cavalo.

A modalidade exige habilidade com o cavalo num retângulo

A prática do adestramento ocorre em um picadeiro retangular, onde os cavaleiros executam figuras variadas, que vão desde círculos e serpentinas até movimentos mais complexos como piaffe e passage. Estas figuras são projetadas para demonstrar a flexibilidade, obediência e força do cavalo, bem como a habilidade técnica do cavaleiro. A harmonia e a sincronia entre cavalo e cavaleiro são essenciais para a execução perfeita das rotinas de adestramento.

O treinamento intensivo é uma parte fundamental do hipismo de adestramento, tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro. Este treinamento inclui técnicas de comunicação sutil e comando preciso, que são vitais para a realização dos movimentos complexos exigidos na modalidade. Equipamentos específicos, como selas de adestramento e embocaduras adequadas, desempenham um papel crucial na prática, fornecendo o suporte necessário para realizar as manobras com precisão.

Além disso, a preparação para o adestramento envolve um aquecimento adequado, que ajuda a evitar lesões e a preparar o cavalo para a atividade física intensa. Técnicas de relaxamento e desenvolvimento de força e flexibilidade são igualmente importantes, garantindo que o cavalo esteja em condições ideais para executar os movimentos com a máxima eficiência e elegância.

Jogos olímpicos

O hipismo de adestramento fez sua estreia nos Jogos Olímpicos em Estocolmo, no ano de 1912. Inicialmente, a competição era exclusiva para oficiais militares, refletindo a importância histórica do cavalo e do cavaleiro na esfera militar. Contudo, ao longo das décadas, as regras foram modificadas para permitir a participação de cavaleiros civis e, posteriormente, de cavaleiras. Essa inclusão ampliou o alcance da modalidade e contribuiu para sua popularidade crescente.

Os competidores devem demonstrar uma gama de movimentos com precisão, elegância e harmonia. Movimentos como trote piaffé, passagens e piruetas são avaliados por um painel de juízes, que observam a execução técnica, a suavidade e a comunicação entre o cavaleiro e seu cavalo.

João Victor Oliva foi o primeiro brasileiro a competir em Tóquio 2020. Crédito: Luis Ruas

Entre os atletas de destaque no cenário internacional, Charlotte Dujardin, Isabell Werth e Anky van Grunsven são nomes que se sobressaem. Charlotte Dujardin, do Reino Unido, é amplamente reconhecida por suas performances impecáveis e por quebrar recordes em várias competições. A alemã Isabell Werth é uma das amazonas mais condecoradas na história do adestramento, com múltiplos títulos olímpicos e mundiais. Anky van Grunsven, da Holanda, também se destacou, acumulando medalhas olímpicas e contribuindo significativamente para a modalidade.

No Brasil, João Victor Oliva e Luiza Almeida são exemplos de cavaleiros que têm se destacado no cenário internacional. João Victor Oliva, filho da renomada atleta Hortência Marcari, tem representado o Brasil em diversas competições de alto nível, demonstrando habilidade e dedicação. Luiza Almeida, por sua vez, foi a cavaleira mais jovem a representar o Brasil em uma edição dos Jogos Olímpicos.

dungo

Jornalista, corredor e admirador da cidade maravilhosa

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