Entenda os esportesParalímpicos

O Que é Triatlo Paralímpico? História, Classes Funcionais e Atletas de Destaque

O Que é Triatlo Paralímpico?

O triatlo paralímpico é uma modalidade esportiva adaptada que integra atletas com deficiências físicas, visuais ou intelectuais. Esta disciplina compreende três segmentos principais: natação, ciclismo e corrida. Cada uma dessas etapas é especialmente adaptada para atender às necessidades específicas dos atletas, garantindo uma competição justa e equilibrada.

Na natação, os atletas podem utilizar próteses, flutuadores ou outras ajudas técnicas que facilitam a prática do esporte. No ciclismo, são comuns as bicicletas adaptadas, como handbikes e triciclos, que permitem que os atletas pedalem com as mãos ou tenham maior estabilidade. Na corrida, a utilização de próteses de corrida ou guias para deficientes visuais é uma prática comum, assegurando que todos os participantes possam competir em condições equivalentes

Entrada nos jogos

O triatlo paralímpico foi oficialmente introduzido nos Jogos Paralímpicos em 2016, no Rio de Janeiro, marcando um momento histórico para o esporte e para a comunidade de atletas com deficiência. Esta conquista foi resultado de anos de esforço e advocacia por parte de organizações esportivas e atletas dedicados, que trabalharam incansavelmente para criar um ambiente inclusivo e competitivo dentro dos jogos. O processo de inclusão do triatlo paralímpico envolveu várias etapas, incluindo a adaptação das regras do triatlo convencional para atender às necessidades específicas dos atletas paralímpicos.

Classes Funcionais no Triatlo Paralímpico

No triatlo paralímpico, a classificação funcional dos atletas desempenha um papel crucial para assegurar a equidade e a competitividade justa. As classes funcionais são estabelecidas com base no tipo e grau de deficiência dos atletas, garantindo que todos possam competir em condições equilibradas. As categorias vão de PT1 a PT5, cada uma adaptada às necessidades específicas dos participantes.

A partir de 1º de janeiro de 2017, a União Internacional de Triathlon (ITU) adotou um novo sistema de classificação. A modalidade conta com seis classes diferentes, cinco delas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral e uma para deficiência visual (parcial ou total). O atual sistema é composto por um método de pontuação que leva em conta a deficiência e mobilidade do atleta. O processo precisa ser feito por classificadores homologados pela ITU.

PTWC  Cadeirantes competem na PTWC. Utilizam handcycle e cadeira de rodas para corrida. A classe ainda é dividida nas subclasses PTWC1 (deficiências mais severas) e PTWC2 (menos severas).

PTVI  Classe destinada a triatletas cegos. As subclasses seguem as definições da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), Ou seja, são divididos em PVTVI1, PTVI2 e PTVI3.

PTS2, PTS3 PTS4 E PTS5  Atletas com deficiências físico motoras e paralisia cerebral andantes competem nestas classes, sendo a PTS2 para deficiências mais severas e PTS5 para deficiências mais moderadas.

Atletas de Destaque no Triatlo Paralímpico

O triatlo paralímpico tem sido palco de histórias inspiradoras de atletas que superaram adversidades e se destacaram mundialmente. Entre esses nomes, Jetze Plat, dos Países Baixos, é um exemplo notável. Plat, que compete na categoria PTWC (Paratriatlo em Cadeira de Rodas), tem acumulado uma série impressionante de títulos, incluindo várias medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais e Jogos Paralímpicos. Sua dedicação e desempenho não apenas demonstram excelência esportiva, mas também servem como uma poderosa fonte de motivação para muitos.

Jéssica Pereira foi bronze no mundial de Abu Dhabi em 2022. Crédito: Fabio Chey/CPB

Outro nome de grande destaque é Kendall Gretsch, dos Estados Unidos. Competindo na classe PTWC feminina, Gretsch fez história ao conquistar medalhas de ouro tanto nos Jogos Paralímpicos de Verão quanto nos Jogos Paralímpicos de Inverno, um feito raro e extraordinário. Sua versatilidade e determinação são testemunhos do seu compromisso com o esporte e da sua capacidade de adaptação e superação. Além das suas conquistas em competições, Gretsch é frequentemente elogiada por seu papel inspirador na comunidade de pessoas com deficiência.

dungo

Jornalista, corredor e admirador da cidade maravilhosa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *