O Que é Tênis e Suas Práticas? A História e a Presença Olímpica do Esporte
O Que é Tênis e Suas Práticas?
O tênis é um esporte de raquete praticado em uma quadra retangular, dividida por uma rede, onde os jogadores utilizam raquetes para golpear uma bola de um lado ao outro. Este esporte pode ser disputado entre dois jogadores (simples) ou entre duas equipes de dois jogadores cada (duplas). As partidas de tênis são compostas por sets, e os jogadores acumulam pontos para vencer games e, consequentemente, sets e partidas.
As regras básicas do tênis incluem a necessidade de um saque inicial, que deve ser feito atrás da linha de base e enviado diagonalmente para a área de saque do adversário. A pontuação no tênis segue uma sequência específica: 15, 30, 40, e game, com a necessidade de ganhar pelo menos dois pontos consecutivos ao chegar ao 40 para fechar o game. Em caso de empate em 40-40, conhecido como “deuce”, é necessário ganhar dois pontos consecutivos para vencer o game.
Os jogos de tênis podem ser disputados em diferentes tipos de superfícies, cada uma com suas particularidades. As quadras de grama favorecem um jogo rápido com quiques baixos, enquanto as quadras de saibro permitem um jogo mais lento com quiques altos, sendo ideal para jogadores que utilizam spin. Já as quadras duras, geralmente feitas de concreto ou material sintético, proporcionam uma superfície balanceada que favorece tanto jogadores ofensivos quanto defensivos.
No tênis moderno, a técnica e o condicionamento físico são fundamentais para o sucesso. Além de habilidades como saque, voleio, forehand e backhand, os jogadores precisam de resistência, agilidade e força para suportar as exigências das partidas. A estratégia também desempenha um papel crucial, com jogadores analisando os pontos fortes e fracos dos adversários para planejar suas jogadas e ajustar suas táticas durante o jogo.
O tênis, por sua natureza competitiva e dinâmica, exige uma combinação de habilidades técnicas, preparo físico e mental, e estratégias bem elaboradas. É um esporte que desafia e recompensa aqueles que se dedicam plenamente, tanto no âmbito recreativo quanto profissional.
Como Surgiu o Esporte?
O tênis, como o conhecemos hoje, tem raízes profundas que remontam à França medieval, onde era conhecido como ‘jeu de paume’. Este precursor do tênis moderno era jogado originalmente com as mãos, até a introdução das primeiras raquetes no século XVI. A evolução do esporte continuou e, à medida que se popularizava, as regras começaram a se padronizar.
Foi no século XIX, na Inglaterra, que o tênis moderno realmente começou a tomar forma. Em 1873, o major Walter Clopton Wingfield desenvolveu uma versão do jogo que ele chamou de “Sphairistikè”. Este jogo utilizava raquetes e uma bola, e era jogado em um gramado, o que se tornou uma característica distintiva do tênis de campo. A inovação de Wingfield incluía um conjunto de regras mais estruturado, que foi rapidamente adotado e adaptado por outros entusiastas do esporte.
Com o aumento da popularidade, surgiram os primeiros torneios, sendo o Torneio de Wimbledon, realizado pela primeira vez em 1877, um marco significativo. Wimbledon é o torneio de tênis mais antigo do mundo e continua a ser um evento de prestígio no calendário esportivo. Outros torneios importantes, como o US Open, Roland Garros e o Australian Open, também têm suas origens no final do século XIX e início do século XX.
Paralelamente, a formação das primeiras organizações oficiais ajudou a consolidar o esporte. A Lawn Tennis Association (LTA) foi fundada em 1888 na Inglaterra, e a International Lawn Tennis Federation (ILTF), agora conhecida como International Tennis Federation (ITF), foi estabelecida em 1913. Estas entidades desempenharam um papel crucial na padronização das regras e na promoção de torneios internacionais, contribuindo para a globalização do tênis.
Tênis nas olímpiadas
O tênis fez sua estreia nos Jogos Olímpicos de 1896, em Atenas, como uma das nove modalidades esportivas originais. No entanto, sua jornada olímpica foi interrompida após os Jogos de Paris em 1924, quando o esporte foi excluído do programa. As razões para essa exclusão incluíam questões relacionadas ao status amador dos jogadores e a falta de uma federação internacional forte para regulamentar o esporte. Foi somente em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, que o tênis retornou definitivamente ao programa olímpico.
O torneio olímpico de tênis difere significativamente dos circuitos profissionais da ATP (Association of Tennis Professionals) e WTA (Women’s Tennis Association). Uma das principais diferenças é a estrutura do torneio. Enquanto os circuitos profissionais são compostos por uma série de torneios ao longo do ano, o torneio olímpico ocorre a cada quatro anos, trazendo uma singularidade e prestígio adicionais ao evento. Os jogadores têm a oportunidade de representar seus países, uma honra que não está presente nos torneios regulares da ATP e WTA, onde os atletas competem individualmente ou em duplas, sem a ênfase nacional.
Além disso, as regras e formatos de competição também apresentam variações. Nos Jogos Olímpicos, os jogos de simples masculinos são disputados em melhor de três sets, exceto pela final, que é em melhor de cinco sets, ao contrário dos Grand Slams, onde todos os jogos são em melhor de cinco sets. Para as competições femininas e de duplas, todas as partidas são em melhor de três sets. Outra diferença importante é a ausência de pontos para o ranking mundial nos torneios olímpicos, o que enfatiza ainda mais o orgulho nacional sobre os ganhos pessoais.
No contexto global do tênis, o torneio olímpico ocupa um lugar único e especial. Embora os pontos de ranking e os prêmios em dinheiro não sejam as motivações principais, a oportunidade de ganhar uma medalha olímpica proporciona um prestígio incomparável. Para muitos jogadores, conquistar uma medalha olímpica é um dos maiores feitos em suas carreiras, simbolizando não apenas a excelência esportiva, mas também a honra de representar sua nação no maior palco esportivo do mundo.
Atletas de Destaque: Internacionais, Medalhistas Olímpicos e Brasileiros no Circuito
Ao longo das décadas, o tênis tem testemunhado a ascensão de atletas excepcionais que deixaram uma marca indelével no esporte, especialmente em competições olímpicas e nos circuitos profissionais. Entre os nomes internacionais mais proeminentes, destacam-se Rafael Nadal, Serena Williams, Roger Federer e Novak Djokovic, cujas carreiras são sinônimos de excelência e conquistas inigualáveis.
Rafael Nadal, conhecido por sua tenacidade e habilidade em quadras de saibro, conquistou a medalha de ouro em simples nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e em duplas nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Serena Williams, uma das maiores tenistas de todos os tempos, possui quatro medalhas de ouro olímpicas: uma em simples (Londres 2012) e três em duplas (Sydney 2000, Pequim 2008 e Londres 2012) ao lado de sua irmã Venus Williams. Roger Federer, outra lenda do tênis, conquistou ouro nas duplas em Pequim 2008 e prata em simples em Londres 2012. Novak Djokovic, apesar de ainda não ter conquistado o ouro olímpico, possui uma medalha de bronze em simples nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 e continua a ser uma força dominante no circuito profissional.
No cenário brasileiro, Gustavo Kuerten, carinhosamente conhecido como “Guga”, se destacou no circuito profissional com três títulos do Grand Slam de Roland Garros, embora não tenha conquistado medalhas olímpicas. Em Tóquio 2020 que a dupla feminina formada por Luísa Estefani e Laura Pigossi conquistou o bronze para o Brasil. Antes, Fernando Meligeni chegou a disputar o bronze em Atlanta 1996, mas acabou em 4o.
Mas duplas, Marcelo Melo e Bruno Soares alcançaram de forma individual o status de número um do mundo e conquistaram títulos de Grand Slam. Eles disputaram também os jogos olímpicos de forma conjunta, mas não obtiveram o mesmo sucesso.
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